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Semana final da campanha tem Lula buscando mais votos que no 1º turno e Bolsonaro na defensiva

A semana final da campanha presidencial tem o ex-presidente Lula (PT) em busca de mais votos em relação ao primeiro turno e o presidente Jair Bolsonaro (PL) na defensiva.

Candidato à reeleição, Bolsonaro não conseguiu pautar a agenda da disputa exatamente no momento em que esperava uma virada na eleição. O que aconteceu foi o contrário.

Tanto é que a nova pesquisa Ipec, divulgada nesta segunda (24), mostrou Lula sete pontos à frente de Bolsonaro.



Enquanto isso, Lula entra na reta final pela primeira vez em condições de liderar a agenda do debate. E o comitê petista comemora a estabilidade na pesquisa Ipec.

Campanha de Bolsonaro
A campanha de Bolsonaro já vinha sendo obrigada a lidar com episódios negativos, como o caso do “pintou um clima” com meninas venezuelanas protagonizado pelo próprio presidente, e o plano de desindexar o salário mínimo e as aposentadorias em estudos pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Agora, com os ataques de Roberto Jefferson a policiais federais, depois de xingar a ministra Cármen Lúcia, o dano pode ser ainda maior. O episódio afeta a rejeição de Bolsonaro entre as mulheres, expõe os erros de sua política de armar a população e joga a Polícia Federal contra o presidente da República.

A equipe de Bolsonaro acredita que o presidente não irá perder votos por causa desta agenda negativa provocada por ele e aliados, mas avalia que ficou ainda mais difícil conquistar os votos de indecisos nesta reta final. Sem isso, ele não consegue vencer a eleição e conquistar um novo mandato.



Campanha de Lula
Já a campanha de Lula avalia que entra na última semana podendo, pela primeira vez, ditar a pauta da campanha. E vai focar o debate na economia e avalia que aumentaram as chances de ganhar a eleição com uma margem de votos maior do que no primeiro turno. Na primeira etapa, Lula ficou cinco pontos à frente de Bolsonaro. Agora, a expectativa é que a diferença fique acima de seis pontos.

A estratégia definida no fim de semana é que colocar Lula para falar do que interessa à população, como salário mínimo, desemprego, volta do Bolsa Família, deixando para seus aliados e equipe de marketing os ataques a Bolsonaro por conta do episódio Roberto Jefferson, que fez com que o comitê do presidente da República ficasse sem rumo e transtornado pelos erros das últimas semanas.



Numa demonstração de que está atordoada, a equipe de Bolsonaro tentou sair das cordas fazendo, em tom grave e na frente do Palácio da Alvorada, uma denúncia de que rádios estariam beneficiando Lula ilegalmente, veiculando mais inserções do petista do que de Bolsonaro em suas programações.

O comitê da reeleição apresentou uma ação no TSE, dizendo que a eleição pode estar sendo fraudada. O levantamento foi feito com base numa empresa contratada pela campanha de Bolsonaro.

O primeiro despacho do ministro Alexandre de Moraes apontou que “os fatos narrados na petição inicial não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo “relatório de veiculações em Rádio”, que teria sido gerado pela empresa “Audiency Brasil Tecnologia”. Em seguida, o ministro pediu que o comitê de Bolsonaro apresente as provas de sua denúncias, caso contrário a ação será indeferida.



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