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Após um ano de prisão, ex-prefeito de Caruaru deve ir para semiaberto em 2025

Laís Florêncio 7 de fevereiro de 2024 às 07h00min

Neguinho Teixeira foi preso por improbidade administrativa em 2023. (Foto: Reprodução)

O ex-prefeito de Caruaru, Manoel Teixeira de Lima, completou um ano em regime fechado na Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPE). Neguinho Teixeira, como é conhecido, foi preso por improbidade administrativa no dia 26 de janeiro de 2023 e condenado a 14 anos, dois meses e 10 dias de reclusão.

Segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), ele segue em regime fechado. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou, por nota, que a data prevista para que o ex-prefeito alcance o regime semiaberto será em 11 de março de 2025. O término da pena está previsto para oito de janeiro de 2037.

RELEMBRE O CASO

A prisão de Neguinho Teixeira foi motivada por decisões judiciais referentes ao período em que ele esteve à frente da Câmara de Vereadores de Caruaru, como presidente. As primeiras irregularidades surgiram na vida política ainda em 2007, quando estava no Poder Legislativo. Neguinho foi preso pela primeira vez em 2008, após enviar um SMS ameaçando uma testemunha: “vou dá-lhe uma pisa”, estava escrito do celular dele para um ex-assessor.

O Jornal Nacional exibiu uma reportagem, em novembro de 2007, destacando que o ex-vereador usou dinheiro público da Câmara de Vereadores de Caruaru para pagar as despesas de um congresso de cinco dias, em Buenos Aires, na Argentina. Neguinho era presidente da Câmara na época e viajou ao congresso. Porém, ele participou de forma parcial do evento e ficou comprovado que a viagem teria sido também para turismo.

Neguinho Teixeira assumiu a prefeitura de Caruaru em 2008, após a renúncia do cargo pelo então prefeito Tony Gel, que decidiu disputar uma vaga no Poder Legislativo Municipal. O vice-prefeito da época, Roberto de Oliveira Liberato, também havia renunciado ao cargo para seguir com o mandato de deputado estadual.

Em 2017, Neguinho Teixeira integrou a lista dos 1.598 gestores públicos que tiveram contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Não prestação de contas, gestão ilegal, ilegítima ou antieconômica, dano aos cofres públicos e descumprimento dos limites constitucionais referentes à educação, saúde e folha de pessoal, foram as irregularidades apontadas pelo TCE contra o ex-prefeito.

Por Juliana Santos

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