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Vida e obra de José Condé

José Ferreira Condé, nasceu no dia 22 de outubro de 1917 na Cidade de Caruaru, Estado de Pernambuco.

E faleceu no dia 27 de setembro de 1971 no Rio de Janeiro.

Foi filho de João José da Silva Limeira e de Ana Ferreira Condé. Nasceu na casa nº 49 da antiga Rua  Dr José Maria, hoje Rua Mestre Pedro.
Guardou grandes recordações na casa nº 300 da antiga Rua da Matriz, atual Av. Rio Branco, onde viveu parte da sua infância.

Nesta época estudou na Escola de Dona Chiquinha.

Três anos após, já então com dez anos, matriculou-se na Escola Professor José Leão.

Foi quando fez o seu  primeiro jornal manuscrito.

Pouco depois transferiu-se para o Recife, onde no Ginásio do Recife, ainda em preparativos para fazer o Admissão, conheceu Mário Mota, tendo convivido também com Álvaro Lins e Limeira Tejo nesta época.

Com a morte do seu pai, em 13 de outubro de 1929, houve a partir daí uma radical transformação em sua vida, tendo que se transferir para o Rio de Janeiro, levado pelo irmão Elísio Condé.

Primeiramente teve que ficar interno no Colégio Plínio Leite, em Petrópolis, isso em 1930, dedicando-se inteiramente à literatura.

Nesta época dirigiu dois jornais: “Para Você” e “Jaú”.

Fundando ainda o Grêmio Literário Alberto de Oliveira, no internato onde terminou o ginásio em 1934.

Concluindo os estudos secundários, foi para o Rio de Janeiro fazer o Vestibular  de Direito.

Nesse tempo publicou  um poema intitulado “A feira de Caruaru” na Revista “O Cruzeiro” e manteve ligações com grandes nomes da nossa literatura.

Sendo aprovado no Vestibular de Direito e não conseguindo vaga, fez faculdade em Niterói, onde se formou.

Foi nomeado para a  récem fundada Agência Nacional, de onde sai um ano depois.

Trabalhou no “O Jornal”, depois de entendimentos com Austregésilo de Athayde, fazendo crônicas com o pseudônimo de Mr. Chipf.

Foi nomeado depois para o Instituto dos Bancários, atingindo o cargo de Procurador, até o fim de sua vida. (Desde  1963 em disponibilidade).

Em 1945 publicou o seu primeiro livro “ Caminhos na Sombra”, pela Editora José Olímpio.

Em 1950 publicou o romance popular “Onda Selvagem”, tendo recebido através de Concuros o Prêmio “Malheiro Dias”, como segundo colocado.

Trabalhou por esses  tempos com Álvaro Lins, no Correio da Manhã, assinando uma coluna “Crítica Literária”.

Em 1952 passou a assinar no mesmo Jornal, nova coluna denominada “ Escritores e Livros” (até 1968 quando ficou licenciado).

Foi, juntamente com os seus irmãos João e Elysio, o fundador do Jornal de Letras em 1949. Em 1951 numa Edição do Jornal de Letras, publicou “Histórias da Cidade Morta”, tendo recebido o Prêmio “Fábio Prado”, da União Brasileira de Escritores de São Paulo.

Depois veio “Os Dias Antigos”, novela em 1955, conquistando os Prêmios “Paula Brito” da Prefeitura do então Distrito Federal, e “Afonso Arinos” da Academia Brasileira de Letras, tendo posteriormente juntado este volume, com os de “História da Cidade Morta” , num só volume.
         
Em 1959 publicou a Novela  “Um Ramo para Luisa”. Em 1960 lançou “Terra de Caruaru” sua obra mais conhecida, que foi incluisive editada no ano seguinte em Portugal.

José Condé foi um grande escritor caruaruense entre outros trabalhos
(FOTO/DIVULGAÇÃO)

Em 1962, com essa obra, recebeu o Prêmio “Coelho Neto”. Outras obras vieram:  “Pensão Riso da Noite – Cerveja, Sanfona e Amor”  (1966), “Rua das Mágoas (1968)  Em, 1969, publicou “Como uma tarde em dezembro” e em 1971 publicou “Tempo, Vida, solidão”.
         
Finalmente, já doente, fez uma Coletânea de Novelas sem títulos, a qual  sua mulher Maria Luisa, deu o nome de “As Chuvas”, que foi publicada como “obra póstuma”.

RELEMBRANDO SUAS OBRAS QUE FORAM:

Caminhos na Sombra (1945)
Onda Selvagem (1950)
Histórias da Cidade Morta (1951)
Os Dias Antigos (1955)
Um Ramo para Luísa (1959)
Terra de Caruaru (1960)
Vento do Amanhecer em Macambira (1962)
Os Sete Pecados Capitais (1964)
Noite contra Noite (1965)
Pensão Riso da Noite: Rua das Mágoas (1966)
Como uma Tarde em Dezembro (1969)
Tempo Vida Solidão (1971)
Obras Escolhidas (1978)

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