Raquel Lyra comanda 1ª reunião de secretariado e fala em novos decretos e envio de projeto de reforma administrativa para a Alepe
Em meio a polêmicas sobre ações que determinaram a exoneração de 2.754 comissionados e a volta de servidores cedidos outros órgãos, a governadora Raquel Lyra (PSDB) comandou, nesta quarta (4), a primeira reunião do secretariado da nova gestão.
Após o encontro, no Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife, ela afirmou que “haverá novos decretos” e que vai enviar, esta semana, o projeto de reforma administrativa para Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Na terça (3), segundo dia de administração de Raquel Lyra, o governo publicou no Diário oficial decretos que atingiram servidores comissionados. Foram dispensados trabalhadores com funções gratificadas, como diretores, assessores e supervisores.
A gestão prometeu, em 30 dias, realizar uma seleção para substituir os gerentes regionais de educação e saúde. Ficaram de fora trabalhadores de áreas consideradas essenciais, como escolas, hospitais e sistema penitenciário.
Nesta quarta, antes da primeira reunião de secretariado, o governo de Raquel Lyra publicou novos decretos.
Manteve nos cargos os integrantes das equipes gestoras de escolas estaduais, como diretores, secretários e analistas escolares.
Na entrevista concedida depois da reunião, a governadora apenas falou sobre o plano de publicação de novos decretos. Ela, no entanto, não adiantou qual será o teor das normas nem deu prazos.
Lyra falou sobre o projeto de reforma administrativa que será enviado para a Alepe. Em relação ao governo de Paulo câmara (PSB), que ficou à frente do estado por oito anos, o formato da máquina pública tem diferenças na nova gestão.
Seis secretarias mudaram de nome, uma foi dividida em duas e outra deixou de existir. Raquel nomeou 27 secretários e disse que essas alterações foram feitas para permitir que as “promessas de campanha sejam cumpridas”.
Formada pelo PSDB, Cidadania e PRTB, a federação que elegeu Raquel Lyra conta com três deputados estaduais na próxima legislatura. A Alepe tem, ao todo, 49 parlamentares, e ela precisará de maioria para aprovar os projetos da gestão.
Sobre as polêmicas dos decretos, a governadora tratou como “natural” em “momento de mudança de governo” que os cargos comissionados sejam exonerados.
“Os serviços essenciais estão mantidos nas áreas de saúde, educação, segurança e sistema penitenciário. Agora, é começar o trabalho para que a gente foi eleita”, declarou.
Sobre os planos, Lyra voltou a falar sobre propostas feitas na campanha. Afirmou, por exemplo, eu a meta é construir as creches, reduzir filas de exames e cirurgias, garantir um novo sistema de segurança pública.
“Vamos fazer Pernambuco gerar oportunidade, superar pobreza e superar a fome no nosso estado”, afirmou.
A primeira reunião com os 27 secretários começou por volta das 10h30 desta quarta. Alguns gestores informaram quais serão as prioridades.
A secretária Ana Maraísa Souza Silva, titular da administração, afirmou que tem consciência da “aflição das pessoas”, diante das mudanças, mas disse que “tudo passa” e que será feito o que for “necessário para a nova gestão”.