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O que são os contraceptivos de barreira?

Alguns métodos são eficazes na contracepção, mas não previnem contra infecções sexualmente transmissíveis.

Em média, a população brasileira inicia a vida sexual por volta dos 17 anos, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, as informações sobre sexo seguro, métodos contraceptivos, infecções sexualmente transmissíveis (IST) e a importância do acompanhamento ginecológico após a primeira menstruação ainda não são acessíveis a todos os brasileiros.




Manter a população informada sobre esses temas é uma questão de saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as IST estão entre os problemas que mais impactam os sistemas públicos de saúde e a qualidade de vida das pessoas no Brasil e no mundo.

Conforme a PNS 2019, um milhão de brasileiros com 18 anos foram diagnosticados com alguma IST nos 12 meses que antecederam a pesquisa. A partir do diagnóstico, receberam orientações dos profissionais da saúde, como comunicar aos parceiros sobre a infecção; usar preservativos nas relações; fazer o teste para HIV, sífilis e hepatites B e C; tomar a vacina contra a hepatite B, dentre outras.




Ainda segundo o estudo, 77,2% dos entrevistados disseram não ter usado preservativo em todas as relações sexuais que tiveram nos 12 meses que antecederam a pesquisa.

Métodos de barreira

Preservativo é o nome dado à camisinha, que pode ser masculina ou feminina. Trata-se de um dos métodos contraceptivos de barreira, grupo em que estão incluídos, também, o dispositivo intrauterino (DIU), o diafragma e os espermicidas.

O Ministério da Saúde define os métodos contraceptivos de barreira como aqueles que impedem o contato entre o espermatozóide e o óvulo, impedindo a fecundação. São uma alternativa para as mulheres que não podem tomar hormônios contidos na pílula anticoncepcional. O melhor método a ser utilizado deve indicado pelo profissional de ginecologia.

Moldado em forma de T, o DIU é inserido no útero pelo ginecologista. É um método contraceptivo de longa duração, não há o risco de esquecimento do uso e pode ser retirado, também pelo médico, no momento em que a mulher quiser engravidar. No entanto, não oferece proteção contra IST.




Já o diafragma é um anel flexível que a mulher introduz antes da relação sexual. Para a eficácia na contracepção, ele deve ter o diâmetro exato do colo do útero e, por isso, deve ser indicado também pelo profissional de ginecologia.

Dentre as vantagens do diafragma estão a utilização de média duração, a ausência de efeitos colaterais e a possibilidade de interrupção do uso a qualquer momento. Já as principais desvantagens são o risco de esquecer de usá-lo e a ineficácia contra IST.

Os espermicidas são aplicados na vagina antes da relação sexual. As substâncias químicas são capazes de imobilizar ou destruir os espermatozoides, e podem ser encontradas em formato de gel, creme, supositório, dentre outros. É pouco recomendado, pois além da possibilidade de provocar irritação na mulher e no homem, tem baixa eficácia contraceptiva e não protege contra IST.

O preservativo masculino, popularmente conhecido como camisinha, é um produto feito de látex que envolve o pênis e deve ser utilizado durante a relação sexual. Trata-se de método eficaz de contracepção e de prevenção às IST.




A camisinha feminina é feita de poliuretano, um material mais fino do que o látex. Já vem lubrificada para ser inserida na vagina e utilizada durante a relação sexual. Além de evitar a gravidez, também diminui os riscos de contrair IST.

Orientações

O IBGE alerta que, entre as infecções causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos sexualmente transmissíveis, estão a herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, HIV/AIDS, clamídia, tricomoníase, além das hepatites virais B e C.

O Ministério da Saúde orienta que, além dos preservativos, o sexo seguro inclui medidas de proteção como a imunização para HBV e HPV; a testagem para HIV e outras IST; a realização do exame preventivo de câncer de colo do útero, além da informação e do acesso aos métodos contraceptivos.




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