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Costureira produz roupa da ‘Mulher da Sombrinha’ há 25 anos: ‘Me sinto muito orgulhosa’

Eliane Bezerra, servidora pública e costureira, é uma das responsáveis, há 25 anos, por produzir a roupa da “Mulher da Sombrinha”, um dos blocos mais tradicionais do interior de Pernambuco, realizado em Catende, na Zona da Mata Sul. A boneca, que tem 15kg e chega a pesar 35kg quando está vestida.

No desfile deste ano, que aconteceu nesse sábado (11), a “Mulher da Sombrinha” estava de vestido dourado ao lado do operário. O bloco arrastou uma multidão pelas principais ruas e avenidas da cidade de Catende ao som de muito frevo.

“Me sinto muito orgulhosa, pois na verdade, eu não faço pra mim, mas para os foliões, para a cidade. A minha recompensa são os elogios, as pessoas acharem bonito”, afirma Eliane.

Lenda ou história real a “Mulher da Sombrinha”, está presenta na vida dos catendenses. O primeiro registro do bloco, realizado há 40 anos em Catende, é do ex-prefeito do município, Renato Buarque de Macedo, que escreveu, na década de 40, sobre a aparição de uma mulher que assustou um ferreiro chamado José Leandro.

A lenda diz que os operários do último turno costumavam ficar nas imediações da usina Catende, por volta da meia-noite, e que então uma loira esplendorosa, com uma sobrinha na mão e uma vestimenta do século 18, passava por eles.

Eles acabavam indo atrás da loira até o cemitério da cidade, completamente seduzidos. Os historiadores da cidade ainda contam que alguns dos operários chegavam a amanhecer o dia sozinhos em cima de uma lápide.

Outros, que ela desaparecia diante dos olhos deles na frente do cemitério. E há ainda que diga, que a mulher não passava, na realidade, de uma mulher que escolhia o cemitério para trair o marido.

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